Manhã tumultuada, guia esperando no hotel para irmos à Karina, mas o vicio me leva pra Juliaca, 1 hora de carro, eu tinha que ir comprar lã, não teria outra oportunidade pra fazer isso com calma.
Eles vem me pegar no Hotel em Puno, demoram a chegar, é o pessoal de uma cooperativa de fiadeiras, toda lã artesanal no Peru, sai dessas cooperativas.
São ótimos me mostram todo o processo, conclusão vou embora deixando comprados 36 quilos de lã. acho que vou me ferrar na alfandega,
vão me entregar em Lima, no meu agente de viagem, ele não foi avisado ainda, mas era agora ou não iria fazer esta compra.
Saímos da cooperativa, me deixam em um ponto de Van, 5 Soles ate Puno, o carro vai cheio, estranham pq sou estrangeira, este não é um meio de transporte comum para quem vem de fora.
O guia vai junto ou eu não saberia voltar de van, e Puno vamos ao mercado pra algumas compras fundamentais:
- arroz
- café
- açúcar
- papel higiênico
O guia adorou conhecer o lugar, como ele tem contato com as comunidades viu a possibilidade de mais uma fonte de renda, ele deve ganhar uns 10 dolares por dia, no máximo! Um garçon ganha
0,30 centavos de dólar ao dia.
O táxi para, o ar e puro estamos numa altitude de 3.800 metros, ainda não deu tempo de me adaptar a altura, andar é complicado e como estamos no Peru tem que subir sempre, aqui o Titicaca é limpo, imenso e azul, no sol faz calor, na sombra frio.
Chega a hora do almoço, dona Juana minha anfitriã serve, mas não se senta à mesa, ela come no chão com a panela ao lado, vai servindo as pessoas, esse é o costume, mas como em terra estranha a gente segue o costume, ficou bem quieta.
Estamos à beira do Titicada, o lado fica cerca de 500 metros da casa, majestoso, azul profundo, imponente.
Seu ruído impera é como se estivessemos à beira mar. A plantação é de subsistencia com rodizio de 3 anos, começam pela batata e vão para os cereais, depois a terra descansa por 3 anos, não há irrigação e como é época de seca tudo esta amarelo.
A tarde vai caindo e eu posso assistir o por do sol no lago, as cores são lindas, fico encantada. O dono da casa adora do maltese hat que eu teci e levei pra me abrigar do frio, a noite vai gear, o vento andino começa a anunciar a noite que me espera.
Seis horas da tarde, hora do jantar, sopa de aveia , arroz, batata, ovo, mate de coca, este vai ser o cardápio de vários dias, do café da manha, sem café ao jantar, a comida tem um sabor otimo, eu estou cansada, o soroche me judia.
Sete horas da noite, hora de dormir! Amanhã é o dia que vão me ensinar a tecer desenhos, estou ansiosa. a comida não tem agrotoxicos, tudo tem um gosto e um cheiro muito bom.
Uma curiosidade, eles falam em quechua, as vezes começam a falar em castelhano e terminam em quechua, fico sem entender nada.
Hora de tomar banho, hora crucial , uma garrafa térmica e uma bacia de agua fria, eu olho pra bacia a bacia olha pra mim.... impasse, como vou fazer isso? Levei lencinhos pra bunda de criança, passo no
corpo, sinto que não vai dar pra ficar só com isso, misturo a água, molho uma ponta de uma toalha de rosto, guardada no fundo da mochila, passo no corpo, com o outro lado me enxugo.
Um detalhe - o banheiro - uma casinha de zinco com um buraco de cimento no chão, super limpo, mas complicado de usar, para a noite um pinico!
O clima é bem seco, então não dá pra ficar suada, o que é menos mal.
Um sentimento me acompanha, gostaria que as meninas estivessem aqui desfrutando desta experiência, acho que vcs iriam adorar. Pra mim um momento de reflexão, eles vivem com o mínimo e me parecem bem felizes!
Amanhã pela manhã vamos tricotar!
12 comentários:
Rubia querida
Vida longa a seu blog.
Fotos lindas e textos deliciosos.
Aguardo o restante das informações sobre a viagem.
Bjs
Gisele
Amore mio
uaaaaaaaaaaaoooooooo!!!
Caracas que liiiiiindo !!!
Sua ultima frase transmite muito do meu sentimento, como gostaria de ter ido contigo .
Tô amando seu relato e nome do blog.
;]
bjcas
SJay
Rubia,
Amei o blog e senti saudade! Em 2006 estivesse no Peru e Bolívia. Fiquei em Puno, comprei lã num centro cultural na rua da Catedral. Na época eu era a única interessada em lã e não consegui achar onde comprar e nem me aprofundar na cultura como você fez. As dificuldades são imensas, mas a beleza desses lugares é sem igual. Deveríamos visitar mais os países vizinhos.
Beijos,
Valesca
LEGAL!!!
Muito lindo, seu blog ta MARA.............
Bjs!
Rubia!!! Lindo, lindo, lindo...............estou ansiosa a espera do proximo capitulo!
Está muito lindo.
O texto está envolvente,fazendo com que eu queira estar lá.
E quanta coisa maravilhosa (tirando o banheiro, rs).
Uma viajem inesquecível com certeza.
Bjs,
Marcia Quadrado
Oi Rubia
Adorei o relato e estou super curiosa pelo que vem pela frente.
Bjs
Oi Rúbia gostei do seu jeito de contar as coisas conheço estas carências e este primarismo das coisas sem conforto e da falta de quase tudo não consigo me imaginar vivendo assim novamente, mas p/ quem nunca passou por isso deve ser realmente interessante desde que seja só à passeio. Parabés pelo blog gostei muito vou esperar as próximas narrações.
Are baba menina seja bem vinda a blogosfera.......vc vai ver como é bom e simmm nem preciso colocar tuas coisas por lá vou é linkar para cá,heheheheheheheheheh
e vamos em frente,quero maissssssss.......
hoje não fui pois cheguei agora com a filha
bjs mil Sossô
Querida Rubia tô amando a viagem.
Sigo ansiosa pela tricotagem dos próximos capítulos. ;)
Bjos
India
Rúbia,
me apaixonei pelo seu blog, amiga. Uma delícia seu jeito de contar as aventuras, lindas fotos, uma paixão mesmo!
Parabéns pelo blog, e obrigada por ter esse trabalhão para dividir a viagem conosco. Valeu, amiga! beijos.
Ah! Rubia, voce não me levou , mas eu estou viajando com seu geito natural e descomplicado de narração.
Continue... estou adorando.
Beijoca.
Nilda.
http://meucantin5.blogspot.com/
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